O novo Conselho de Administração da RTP – composto por Gonçalo Reis (presidente), Hugo Figueiredo e Ana Fonseca – foi hoje ouvido na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no âmbito da sua indigitação.

"Estamos bastante alinhados com o Plano Estratégico, revemo-nos em todas as linhas desse plano e trabalhámos" no documento, disse Hugo Figueiredo.

O responsável sublinhou que "o digital aparece com foco grande" no Plano Estratégico, documento que foi aprovado pelo Conselho Geral Independente (CGI), órgão que supervisiona a administração da RTP, entre outras funções.

A rádio "tem provado grande vitalidade, reinventou-se", disse, salientando que a fusão do digital com aquele meio vai trazer novas oportunidades.

Por sua vez, Ana Fonseca destacou a necessidade de modernização tecnológica da RTP.

"Temos identificado as necessidades de investimento", acrescentou.

Já Gonçalo Reis adiantou que a constituição de um Plano Estratégico, "com todas as vicissitudes", permite às administrações da RTP dizerem "ao que veem e podem ser monitorizadas por isso".

De acordo com a lei, a administração da RTP tem de elaborar um Plano Estratégico mediante as linhas orientadoras indicadas pelo Conselho Geral Independente (CGI).

"As administrações só entram em funções com o Plano Estratégico aprovado, é uma mais-valia", considerou Gonçalo Reis.

O presidente da RTP disse ainda que o processo de constituição da nova administração "foi muito parecido com o de 2015", sendo que na altura a equipa era constituída pelo próprio, por Nuno Artur Silva e por Cristina Vaz Tomé.

Sobre medidas restritivas que afetam a RTP, Gonçalo Reis apontou que a empresa "não pode fazer contratos a termo, tem dificuldades em contratar pessoas para o seu quadro".

Outra das questões é o financiamento e a renovação do equipamento da empresa.

Gonçalo Reis considerou que 2019 "é uma boa janela" para se rever o contrato de concessão de serviço público de rádio e televisão.