“Estamos na corrida das nossas vidas, mas não é uma corrida justa, e a maioria dos países mal saiu da linha de partida”, afirmou, numa conferência de imprensa após a participação por videoconferência numa das sessões da cimeira decorrer em Carbis Bay, no sudoeste de Inglaterra.
Ghebreyesus reiterou a meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) de vacinar contra o novo coronavírus pelo menos 10% da população em todos os países até ao final de setembro, pelo que precisa de mais 100 milhões de doses em junho e em julho e mais 250 milhões de doses em setembro.
“Mas devemos aspirar chegar mais longe. O desafio, disse eu aos líderes do G7, é acabar de vez com a pandemia. A nossa meta deve ser vacinar pelo menos 70% da população mundial quando o G7 voltar a reunir-se na Alemanha, no próximo ano”, vincou.
No total, para chegar a este objetivo a OMS estima serem precisas 11 mil milhões de de doses.
O Reino Unido anunciou a doação de 100 milhões de vacinas anti-covid-19 excedentes, das quais cinco milhões até ao final de setembro, mais 25 milhões até ao final de 2021 e as restantes 70 milhões no espaço de 12 meses.
Os Estados Unidos prometeram comprar 500 milhões de doses da vacina Pfizer para serem distribuídas por 92 países desfavorecidos, 200 milhões das quais até ao final do ano e as restantes na primeira metade de 2022.
As expectativas é que, no final da Cimeira, seja possível juntar compromissos de todos os países participantes para serem doadas mais mil milhões de doses a países que necessitem.
Reino Unido, EUA e União Europeia já tem mais de 50% da população vacinada com uma toma, mas no continente africano só 2% da população está imunizada e a média mundial é de 12%.
“Saudamos o generoso anúncio feito pelas nações do G7 sobre as doações de vacinas. Mas precisamos de mais e mais rápido”, enfatizou o diretor geral da OMS.
A doação de vacinas imediatamente “é vital”, idealmente através da Covax, a iniciativa liderada pela OMS que visa assegurar vacinas a países de médio e baixo rendimento, mas o responsável salientou a importância de “aumentar a produção, incluindo através de transferência de tecnologia e dispensas de propriedade intelectual”.
A cimeira do G7 decorre até domingo, juntando presencialmente pela primeira vez em dois anos dirigentes dos países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e da União Europeia.
Para esta edição foram convidados os líderes da Austrália, África do Sul, Coréia do Sul e Índia, mas este último vai intervir por videoconferência, bem como líderes de organizações internacionais, como a ONU, OMS, Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e Organização Mundial do Comércio.
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