"Apesar de este ano estarmos a ter um inverno mais ameno e com menos precipitação, temos estado a produzir neve de cultura para manter as pistas abertas. Assim, desde que a temperatura e a humidade o permitam, iniciamos a produção, sendo que estamos a trabalhar, sensivelmente, com 150 metros cúbicos de água por hora, o que nos dá cerca de 250 metros cúbicos de neve de cultura por hora", referiu.
Carlos Varandas explica que tal tem permitido que esta estância seja uma das poucas que ainda se mantém aberta, quando em Espanha há várias que já optaram por encerrar.
"Já em janeiro estivemos entre as únicas 14 estâncias da Península Ibérica que se mantinham abertas e, neste momento, continuamos a ser uma das poucas que estão a funcionar, o que para nós pode ser positivo em termos de atração do mercado vizinho", acrescentou, explicando que a análise tem em conta o universo das estâncias que integram a ATUDEM, organismo que engloba estâncias de esqui de Espanha e também a Estância da Serra da Estrela.
Segundo este responsável, a única estância portuguesa está a fazer a diferença graças à produção de neve de cultura que é feita ao longo de toda a noite com recurso aos vários canhões que tem.
"Com isso, temos tido várias pistas abertas com boas condições para a prática do esqui e do ‘snowboard’", referiu.
O objetivo é o de conseguir manter a Estância da Serra da Estrela aberta pelo menos até dia 22 de abril, já depois do fim de semana da Páscoa.
"Vamos continuar a trabalhar nesse sentido e estamos confiantes de que as temperaturas vão ajudar. Esperamos sempre que, até lá, ainda possa cair mais um nevão", acrescentou.
Questionado sobre a questão do tapete rolante que esta estância foi recentemente condenada a retirar, Carlos Varandas respondeu que o processo está a ser tratado junto das entidades competentes.
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