O festival desenrola-se naquela localidade francesa até dia 25 e “O Cerejal”, de Anton Tchekhov, com encenação do diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II, vai fazer mais 10 récitas, para lá da estreia, até dia 17 de julho.
Protagonizada por Isabelle Huppert, a peça conta no elenco com a portuguesa Isabel Abreu, para além dos músicos Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves, da banda Clã. “O Cerejal” vai ser apresentado na Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, em dezembro.
O elenco é completado por Tom Adjibi, Nadim Ahmed, Suzanne Aubert, Marcel Bozonnet, Océane Cairaty, Alex Descas, Adama Diop, David Geselson, Grégoire Monsaingeon e Alison Valence.
“Quando pensa em ‘O Cerejal’, Tiago Rodrigues tem um andamento secreto em mente, ‘allegro vivace’, e está convencido de que a última peça do mestre russo é sobre a energia com que ‘o inescapável poder da mudança’ empurra as personagens de um ato para o seguinte”, pode ler-se na página do festival.
“Sempre olhei para a última peça de Tchekhov como uma obra sobre o fim das coisas, a morte, a despedida. Estava enganado. Hoje, estou certo de que é uma peça sobre a mudança”, afirmou Tiago Rodrigues sobre a obra, na apresentação do espetáculo.
“Montar ‘O Cerejal’ é falar do que acontece pela primeira vez. É falar de um tempo em que ocorre uma mutação social ainda invisível mas profunda, um tempo vivido por personagens que não perceberam ainda que o que lhes parece excecional é apenas a nova normalidade”, acrescentou.
Fazer “O Cerejal” é também “falar de mulheres e homens que pensam e vivem coisas que nunca foram vividas por ninguém antes”, referiu, sublinhando que esta peça “é sobre um tempo histórico inédito”.
Também presente em Avignon vai estar a realizadora e encenadora brasileira Christiane Jatahy, escolhida para Artista na Cidade de Lisboa em 2018, que apresentará uma “adaptação livre” do filme “Dogville”, de Lars Von Trier, intitulada “Between Dusk and Dawn” (“Entre o anoitecer e o amanhecer”, em tradução livre do inglês).
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