Este episódio tornou-se viral já que as BNK48 são uma das "girl bands" mais populares da Tailândia e tomou proporções ainda maiores já que ocorreu dois dias antes do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, celebrado neste domingo.
Por essa razão, a vice-diretora de missão da embaixada de Israel na Tailândia expressou no sábado "choque" e "consternação" através da rede social Twitter. "O facto da cantora exibir símbolos nazis choca milhões de pessoas em todo o mundo", escreveu Smadar Shapira.
No sábado à noite, a artista pediu desculpas, entre lágrimas, durante um espetáculo, tendo posteriormente assumido a total responsabilidade por esta polémica e pedido perdão no Facebook pela sua ignorância.
"Não posso anular o meu erro, mas prometo que não voltará a acontecer", disse.
Namsai e o CEO da banda encontraram-se hoje com os diplomatas da embaixada de Israel para um pedido oficial de desculpas, tendo a banda concordado em tomar parte num workshop educacional sobre o Holocausto para aumentar a consciencialização histórica no país.
Peças de roupa com a imagem de Hitler ou a suástica são relativamente comuns na Tailândia, menos por simpatia nazi que por falta de referências históricas neste país do sudeste asiático onde o sistema de ensino é criticado por seu etnocentrismo e pelas suas carências.
Esta não é a primeira vez que uma referência a Hitler provoca escândalo na Tailândia. Em julho de 2013, os estudantes de uma universidade de Banguecoque exibiram uma bandeira que representava o líder da Alemanha nazi enquanto personagem de BD, ao lado de figuras como o Batman.
Em 2011, outros estudantes desfilaram com uniformes nazis antes de uma competição desportiva.
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