Estudantes voltam a partir de hoje a ocupar escolas e universidades para demonstrar que “a crise climática não é aceitável para o futuro de qualquer pessoa na sociedade”, numa iniciativa do movimento “Fim ao Fóssil: Ocupa!”.
De acordo com a porta-voz do núcleo da Faculdade de Psicologia e do Instituto de Educação (FPIE), do movimento “Fim ao Fóssil Ocupa!”, Teresa Cintra, estas ocupações pretendem dar visibilidade à crise climática e angariar 1.500 pessoas para bloquear o terminal de gás natural liquefeito (GNL) do Porto de Sines em 13 de maio.
“[O nosso] objetivo é conseguir angariar 1.500 pessoas que se comprometeram a vir connosco na maior ação de desobediência civil que Portugal já viu que é parar o porto de gás em Sines”, adiantou à Lusa Teresa Cintra.
Para a ativista climática, “a ação que decorre na FPUL é de disrupção” com apresentação de palestras em sala de aula.
“Os primeiros dias vão ser mais de palestras, vamos dar uma palestra numa aula, vamos apresentar as ocupas (…), falar sobre a crise climática, ter palestras sobre capitalismo versus crise climática, uma série de temas… e contamos ter outros projetos”, indicou.
Teresa Cintra explicou que os ativistas climáticos contam continuar o protesto até o Governo aceder às suas reivindicações ou até conseguirem as 1.500 pessoas para participarem na ação da campanha Parar o Gás em Sines — que se podem inscrever na plataforma ‘online’ Parar o Porto de Gás.
“Isso vai acontecer, isso tem de acontecer. Nós estamos a visibilizar um conflito. As pessoas vão perceber que este é um problema que vai afetar toda a gente de forma inimaginável e que todas as pessoas vão perceber que se têm de juntar a nós, que quiserem garantir um futuro de qualidade”, acrescentou.
As ocupações iniciam-se em Lisboa (Instituto Superior Técnico, faculdades de Letras e Psicologia da Universidade de Lisboa e Escola Secundária Dona Luísa de Gusmão) e Faro (Universidade de Faro e Escola Secundária Tomás Cabreira).
A iniciativa é hoje acompanhada por manifestações no Liceu Camões, em Lisboa, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, cujos estudantes prometem ocupar os estabelecimentos a partir de 2 de maio, a que se juntam os alunos das escolas Rainha Dona Leonor e António Arroio, ambas em Lisboa.
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