Os dirigentes, cuja identidade não foi identificada, disseram à agência de notícias Associated Press (AP) que as forças armadas determinaram que o alvo, onde tinha sido instalado um radar, representava uma ameaça ao tráfego marítimo.
Jornalistas da AP na capital do Iémen, Sanaa, ouviram uma forte explosão esta madrugada.
O canal de televisão al-Masirah, ligado aos rebeldes Houthis, confirmou a ocorrência de novos bombardeamentos norte-americanos, que atingiram pelo menos um local em Sanaa esta madrugada.
O presidente dos Estados Joe Biden tinha alertado na sexta-feira que os Houthis poderiam enfrentar novos ataques, depois de um dia com mais de bombardeamentos que incidiram sobre 30 locais.
A Marinha dos EUA alertou na sexta-feira os navios de bandeira norte-americana para se afastarem das áreas ao redor do Iémen, no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, durante as 72 horas seguintes, por receio de retaliação dos Houthis.
O Conselho Político Supremo dos Houthi apontou na sexta-feira todos os interesses dos Estados Unidos e do Reino Unido como “alvos legítimos” de ação militar, considerando os bombardeamentos como “agressão ilegal e injustificada que viola todas as leis internacionais”.
Os Estados Unidos e o Reino Unido atacaram na madrugada de sexta-feira posições dos Houthis em diversas regiões do país do Médio Oriente, justificando a ação em nome da defesa do comércio internacional e dos navios que transitam pelo mar Vermelho, onde circula cerca de 15% do comércio marítimo global.
Os rebeldes Houthis do Iémen, apoiados pelo Irão, anunciaram na sexta-feira que cinco combatentes foram mortos e seis ficaram feridos após os bombardeamentos.
Na sequência destes bombardeamentos, os Hputhis declararam “guerra aberta” contra os Estados Unidos e Reino Unido, e reivindicaram o lançamento de uma salva de mísseis contra os seus navios de guerra presentes no mar Vermelho, onde os dois países ocidentais lideram uma coligação naval para proteger os navios mercantes da zona.
Numa reunião do Conselho de Segurança pedida com urgência pela Rússia, na sexta-feira, Moscovo e Pequim sublinharam que os ataques contra os rebeldes Houthis do Iémen não estão abrangidos pelas resoluções do Conselho de Segurança ou Carta da ONU.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas tinha aprovado na quarta-feira, sem qualquer voto contra, e com quatro abstenções, da Rússia, China, Argélia e Moçambique, uma resolução que exigia que os Houthis cessassem imediatamente os ataques contra navios.
Isto após semanas de ataques contra o tráfego marítimo no Mar Vermelho, num sinal de solidariedade para com os palestinianos em Gaza, onde está em curso uma guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas.
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