A advogada Diane Toscano afirmou que os administradores da Escola Primária Richneck, na cidade de Newport News, no estado da Virgínia, foram avisados três vezes a 6 de janeiro pela sua cliente, Abigail Zwerner, e outros professores de que o menino poderia ter uma arma e estava a ameaçar outras pessoas.

Naquela manhã, Zwerner, de 25 anos, disse aos administradores da escola que o menino, que não foi identificado, tinha ameaçado bater noutra criança. "Mas a administração da escola não quis saber", declarou Toscano.

Uma hora depois, outra professora relatou aos administradores que o menino aparentemente trouxe uma arma para a escola, que poderia estar no seu bolso. De seguida, um terceiro professor relatou que outro aluno, a chorar, disse que tinha visto a arma e que tinha sido ameaçado com ela.

Ainda assim, nenhuma ação foi tomada e um funcionário da escola teve a permissão para revistar o menino negada. Um administrador disse que o menino "tinha bolsos pequenos" e o problema poderia ser ignorado até o fim do dia escolar.

"Quase uma hora depois", Zwerner foi baleada "à frente dessas crianças horrorizadas", relatou Toscano. "Esta tragédia poderia ter sido totalmente evitada se os administradores escolares responsáveis pela segurança escolar tivessem feito o que tinham de fazer e agido quando cientes do perigo iminente", acrescentou.

Zwerner sobreviveu a um tiro no peito e agora está a recuperar em casa, mas precisará de passar por novas cirurgias.

Mais tarde esta quarta-feira, as autoridades de Newport News anunciaram a decisão de demitir o superintendente do distrito escolar George Parker III "com base na trajetória futura e nas necessidades da nossa divisão escolar".

O conselho escolar enfatizou que a "decisão foi tomada sem motivos, já que o Dr. Parker é um líder capaz" e agradeceu os seus serviços.

O caso chocou grande parte do país por causa da idade do menino, que aparentemente encontrou a arma da mãe num armário. Os pais do menino emitiram um comunicado na semana passada elogiando Zwerner e dizendo que a arma encontrava-se num local seguro.

Os dois disseram que o seu filho sofre de "uma deficiência aguda" e estava sob um plano especial de assistência escolar que geralmente envolvia um membro da família a acompanhá-lo à escola e às aulas.

"A semana do disparo foi a primeira em que não estivemos na aula com ele", afirmaram.

Devido à sua idade, é improvável que a criança seja acusada. No entanto, os seus pais podem enfrentar acusações por permitir que o menino tenha tido acesso a uma arma.