Na reunião do Eurogrupo mais aguardada desde que Mário Centeno tomou posse (em janeiro passado) como presidente do fórum de ministros das Finanças da zona euro, haverá também lugar, ao final da tarde, a um encontro alargado a 27 (já sem o Reino Unido) para preparar a cimeira de chefes de Estado e de Governo da próxima semana (29 de junho), na qual são esperadas decisões sobre a reforma da zona euro e aprofundamento da União Económica e Monetária.

Relativamente à Grécia, e de acordo com a agenda da reunião do Luxemburgo, o Eurogrupo vai avaliar os progressos alcançados por Atenas na implementação das ações prévias previstas no quadro da quarta e última revisão do programa, o que permitirá aos ministros tomar uma decisão sobre “todos os elementos necessários” à conclusão bem-sucedida do “resgate” e à saída da Grécia do programa, prevista para 20 de agosto.

Os elementos, precisa o Eurogrupo, estão relacionados com o quadro de vigilância pós-programa, o montante da tranche final do apoio financeiro prestado pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade e possíveis medidas de alívio da dívida grega (que atinge 178% do PIB da Grécia).

Hoje, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, disse esperar que a reunião de quinta-feira constitua “uma etapa histórica para a zona euro, em que se vira a página da crise”, com um acordo que ponha fim a oito anos de resgates à Grécia e aos programas de assistência a países da moeda única na sequência da crise económica e financeira, entre os quais Portugal.