A uma semana das eleições, Cristas fez um apelo à mobilização do partido e dos eleitores na “maior batalha”, de “explicar às pessoas” por que é importante votar, seja “pela Europa seja por Portugal”, num almoço com cerca de 200 militantes em Marco de Canaveses, distrito do Porto.
“Temos que mostrar um grande, grande sinal de desagrado, um fortíssimo cartão vermelho”, disse a líder centrista, depois de deixar mais um apelo aos militantes: “Levem a votar os vossos amigos, os vossos familiares.”
Para Assunção Cristas, o primeiro-ministro e líder do PS, António Costa, “não merece estar no Governo, não merece porque engana” os portugueses.
A líder dos centristas fez, no seu discurso, uma ligação entre as eleições europeias do próximo domingo e as legislativas de 06 de outubro, e afirmou que o CDS quer, “além de uma voz forte em Bruxelas”, uma “voz fortíssima em Portugal”.
“Queremos dizer a António Costa que basta desta pouca vergonha de enganar as pessoas, basta de ter os impostos máximos e os serviços mínimos”, gritou Assunção Cristas.
A líder do CDS deu vários exemplos do que considerou serem falhanços do Governo de Costa, a começar pelas baixas execução dos fundos comunitários, na agricultura, por exemplo.
“Quanto Portugal mais precisa, o Governo mais desperdiça os fundos, que não são do Mário Centeno, não são para ficar na gaveta do Mário Centeno. São de todos os portugueses”, disse.
Falhou ainda, argumentou, no objetivo de existir, até ao final da legislatura, os todos os portugueses terem médico de família, dado que há 750 mil portugueses que não o têm.
A Nuno Melo coube fazer o discurso mais europeu da tarde, embora não tenha esquecido nem António Costa, que considera o “verdadeiro” cabeça de lista do PS nas europeias, nem o “candidato formal”, Pedro Marques, depois de ver um cartaz de ambos à entrada de Marco de Canaveses com o ‘slogan’ “voto responsável”.
O candidato do CDS discorda e cita argumentos, desde os cinco candidatos do PS que foram governantes com José Sócrates, “responsável pela bancarrota do país” e da “entrada da ‘troika'” em Portugal ou ainda a baixa execução de fundos europeus.
Votar no PS é “votar em que trouxe o pior e o mais traumático tempo dos últimos anos”, “não é voto responsável”, concluiu.
E utilizou as estatísticas europeias para dizer que, desde 2016, Portugal “não converge com a média da União Europeia” e “já é o terceiro mais mais pobre” da UE.
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