O chefe das forças armadas sudanesas e presidente do Conselho Soberano de Transição, Abdel Fattah al-Burhan, e o líder do grupo paramilitar RSF (na sigla em inglês), Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como “Hemedti”, chegaram a “um acordo de princípio” para o estabelecimento de uma trégua entre 4 e 11 de maio, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Sudão do Sul.

A medida foi acordada após uma conversa telefónica com o Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, que sublinhou a importância de se conseguir um “cessar-fogo duradouro” no país vizinho e destacou a necessidade de nomear representantes e lançar um processo de negociação para alcançar a paz.

O país vive hoje o segundo dia de um novo cessar-fogo de 72 horas, mas, à semelhança de tréguas anteriores, continuaram a registar-se combates.

O Sudão entrou hoje no 18.º dia consecutivo de confrontos entre o exército e os paramilitares, um conflito que obrigou à volta de 50 mil sudaneses a deslocarem-se para zonas mais seguras do país ou a refugiarem-se em nações vizinhas como o Sudão do Sul, o Egito ou o Chade, e que já fez cerca de 530 mortos e mais de 4.500 feridos.

As duas partes envolvidas no conflito iniciaram na sexta-feira uma trégua de 72 horas mediada pelos Estados Unidos da América e a Arábia Saudita para facilitar a retirada de estrangeiros no Sudão e abrir corredores seguros para a entrada de ajuda humanitária.

Os combates que começaram em grande escala há duas semanas seguiram-se a semanas de tensão sobre a reforma das forças de segurança nas negociações para a formação de um novo governo de transição, e opõem o exército do general Abdel Fattah al-Burhan e as RSF, leais ao general Mohamed Hamdane Daglo.

Ambas as forças estiveram por detrás do golpe de Estado conjunto que derrubou o executivo de transição do Sudão, em outubro de 2021.

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