O porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, indicou que as autoridades conseguiram, até agora, confirmar o rapto de 222 pessoas, incluindo soldados capturados durante a ofensiva do Hamas, cujas famílias foram notificadas.
Da mesma forma, o número de soldados mortos durante o ataque do grupo islamita aumentou para 308, segundo um comunicado publicado pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) no seu ‘site’ da internet.
O primeiro ataque do Hamas, de surpresa e sem precedentes, também resultou em quase 1.400 mortos e desencadeou uma onda de bombardeamentos contra a Faixa de Gaza que já provocou a morte de quase 4.700 palestinianos.
Segundo Hagari, entre os reféns há um número significativo de estrangeiros, embora este balanço não inclua Judith Raanan e a sua filha Natalie, de nacionalidade israelo-americana, libertadas pelo Hamas na noite de sexta-feira.
O porta-voz referiu ainda que o exército israelita “está a tentar por todos os meios libertar os reféns e trazê-los de volta para casa”, depois de ser questionado sobre a possibilidade de adiar a possível ofensiva terrestre contra a Faixa de Gaza para dar tempo aos esforços destinados a libertar os reféns.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, afirmou na noite de domingo que uma ofensiva terrestre em Gaza poderá durar vários meses já que visa eliminar o grupo armado.
“Esta deverá ser a última manobra [terrestre] em Gaza, pela simples razão de que, depois dela, o Hamas já não existirá. Levaremos um mês, dois meses, três, mas no final não existirá”, concluiu.
Os ataques do exército israelita a Gaza após o ataque do Hamas fizeram quase 4.700 mortos — incluindo mais de 1.800 crianças — e cerca de 14.000 feridos.
Além disso, cerca de 1,4 milhões de palestinianos fugiram e estão deslocados, de acordo com a última avaliação da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos no Médio Oriente (UNRWA).
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