De início, o cessar-fogo anunciado pela Rússia devia prolongar-se por oito horas, mas segundo o estado-maior do exército russo foi alargado para 11 horas “a pedido de organizações internacionais”.
O cessar-fogo deve assim começar na quinta-feira às 08:00 locais (06:00 em Lisboa) e terminar às 19:00 locais (17:00 em Lisboa), indicou o general Serguei Roudskoi.
Desde a manhã de terça-feira que os aviões russos e sírios “não se aproximam a menos de 10 quilómetros de Alepo” na perspetiva de instauração desta trégua.
Na manhã de quinta-feira vão ser estabelecidos oito corredores humanitários, incluindo seis para a retirada dos civis e dois para a saída dos rebeldes armados, precisou a mesma fonte.
“Se o desejarem”, os habitantes doentes ou feridos que abandonem os bairros rebeldes “podem ser hospitalizados em Alepo-oeste”, indicou Roudskoi, precisando que “tudo está preparado para serem assistidos”.
Situados essencialmente perto de escolas e de mesquitas, os pontos de entrada dos corredores humanitários de retirada da cidade serão vigiados por aviões não tripulados (‘drones’), segundo o general russo.
Nove autocarros e sete ambulâncias serão enviados para os corredores humanitários no norte da cidade e oito autocarros e oito ambulâncias deslocados para sul, precisou, com mais veículos de reserva.
Os funcionários da missão da ONU e voluntários do Crescente Vermelho sírio vão participar nesta operação e acompanhar os civis durante todo o trajeto após a saída de Alepo, indicou.
O desenrolar da operação será difundido em tempo real no ‘site’ do ministério russo da Defesa através de câmaras de videovigilância instaladas perto dos corredores humanitários, segundo o general russo, antes de assegurar que população e rebeldes foram informados “antecipadamente” dos locais onde se sitiam os corredores humanitários.
“As partes russa e síria cumpriram todas as suas obrigações relacionadas com a organização de uma operação humanitária no leste de Alepo”, sublinhou. “Esperamos que os Estados Unidos e as outras partes interessadas possam influenciar os chefes dos grupos armados para assegurar a evacuação de doentes e feridos, e ainda dos civis e a retirada dos rebeldes”, acrescentou Roudskoi.
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