Na Batalha, onde entregou 47 viaturas ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, o ministro revelou ter aceitado o pedido de exoneração do diretor do centro de Portalegre, criticando o tempo que demorou até ter conhecimento do sucedido.

"Foi já aceite o pedido de exoneração do diretor do centro de formação de Portalegre da GNR, porque não é admissível a demora na notificação de factos relevantes".

Eduardo Cabrita avançou ainda que "a GNR facultará à investigação, quer do Ministério Público quer da IGAI (Inspeção Geral da Administração Interna), todas as imagens que são sempre realizadas nas ações de formação para que tudo possa ser adequadamente esclarecido", aguardando a conclusão dos inquéritos em curso.

"Neste momento, devemos aguardar pelas conclusões sem nos precipitarmos. Está a decorrer o inquérito que determinei, elaborado pela Inspeção-geral da Administração Interna. Está a decorrer a averiguação interna pela GNR. O fundamental é apurarmos a totalidade da natureza dos factos. Antes de ter quer a informação definitiva prestada pela GNR, quer os resultados do inquérito da IGAI, não me quero pronunciar".

O ministro garantiu não ter ainda visto as imagens da sessão onde terão ocorrido as agressões, mas admitiu ter ficado "desagradavelmente surpreendido" com o que teve conhecimento.

"As imagens que estão a passar são históricas, não são do curso em causa. O que garantimos é que as imagens reais, da ação que está a ser objeto de averiguação, essas serão disponibilizadas".

Cerca de dez formandos do 40.º curso do centro de formação da GNR, em Portalegre, terão sofrido graves lesões e traumatismos durante o módulo "curso de bastão extensível", que obrigaram em alguns casos a internamento hospitalar e a intervenções cirúrgicas.