Apesar do ataque, que aconteceu às 00:26 de hoje (21:26 de sábado em Portugal), a 70 milhas náuticas (130 quilómetros) da cidade de Djibuti, o navio prosseguiu para o próximo porto de escala, referiu a agência britânica de segurança marítima UKMTO.
Num comunicado publicado na rede social X a UKMTO, sob a tutela do exército britânico, acrescentou que “os navios são aconselhados a transitar com cautela e comunicar qualquer atividade suspeita”.
O Golfo de Áden e o Mar Vermelho têm sido palco, desde outubro, de ataques dos rebeldes Houthis do Iémen, que têm como alvo navios que consideram ligados a Israel, alegando estar a tentar apoiar os palestinianos na Faixa de Gaza, alvo de uma ofensiva militar israelita em retaliação contra um ataque do movimento islamita Hamas.
Em resposta, as forças dos EUA, em colaboração com o Reino Unido, iniciaram ataques contra os Houthis, em diferentes regiões do Iémen controladas por este movimento, algo que levou os rebeldes a estenderam as ações a navios destes dois países.
Washington e Londres efetuaram no sábado 18 ataques contra oito instalações distintas dos Houthis, em resposta aos disparos deste movimento xiita apoiado pelo Irão contra navios no Mar Vermelho, anunciou o Pentágono.
Em Saná, a capital iemenita, foram sentidas fortes explosões, indicou a agência de notícias France-Presse.
Fonte militar local confirmou estes ataques norte-americanos e britânicos, que, segundo um comunicado do Pentágono (o Departamento de Defesa dos Estados Unidos), foram efetuados com o apoio de outros seis países: Canadá, Austrália, Bahrein, Dinamarca, Países Baixos e Nova Zelândia.
Nas últimas semanas ocorreram outras operações semelhantes contra território iemenita, com a primeira a ser desencadeada na noite de 11 para 12 de janeiro.
Em Washington, e pouco depois desta ação militar, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, assegurava que os Huthis vão “sofrer as consequências” dos seus ataques no Mar Vermelho e Golfo de Áden.
“Os Estados Unidos não hesitarão em passar à ação, se necessário, para defender as vidas humanas e o livre comércio”, disse.
Em Londres, o Ministério da Defesa confirmou a participação da Força Aérea nos ataques, precisando que quatro caças-bombardeiros Typhoon foram mobilizados, e ainda dois aviões de abastecimento.
A tensão na zona tem obrigado as principais empresas de navegação a ajustar as suas rotas para evitar a passagem no Mar Vermelho, por onde transita 8% do comércio mundial de cereais, 12% do comércio de petróleo e 8% do comércio mundial de gás liquefeito.
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