As Forças Armadas portuguesas não estão a conseguir recrutar efectivos e os últimos dados, em julho deste ano, apontavam para a carência de 5745 militares, de acordo com uma notícia desta manhã do Público, algo que poderá prejudicar algumas missões nacionais no futuro.

Foi o próprio Estado-Maior do Exército que confirmou esta situação, enviando alguns dados ao diário. "No caso das praças, onde o défice é maior, estavam autorizados 9089, dos quais apenas estão preenchidos 4191. O diferencial é, assim, de 4898 efectivos. Este é o diferencial de maior expressão, seguido do que afecta os sargentos do quadro permanente (menos 338), em que estavam autorizados 3042 e só estão colocados 2704. Por ordem decrescente, seguem-se os sargentos voluntários e em regime de contrato, 538 em 720 – portanto, com um défice de 1802 –, os oficiais do quadro permanente com uma falta de 180 e, por fim, os oficiais voluntários e contratados, com menos 147 do que o autorizado", lê-se no artigo, onde é também salientado que esta situação poderá fazer com que possam existir em breve mais "oficiais do que praças nos quartéis".

A falta de efectivos é de tal forma um problema que algumas associações militares dizem mesmo que pode estar em causa "as missões desempenhadas no exterior pelas FND", sendo que em resposta ao Público, o Estado-Maior-General das Forças, refere que “continuarão a ser adoptadas medidas (…) permitindo assim manter e/ou reforçar, de acordo com as solicitações, o empenhamento das Forças Armadas em missões internacionais ao longo dos próximos anos.”