Os pedidos de ajuda com o alojamento multiplicam-se numa "caixa de entrada que não consegue acudir todos os estudantes", alerta a Federação Académica do Porto (FAP) em nota enviada às redações.

De acordo com a FAP, os quartos disponíveis para arrendamento estão a diminuir e os preços a aumentar. Com a retoma do turismo e o impacto da presente inflação não é previsível uma melhoria, nomeadamente nas empreitadas das residências já calculadas no âmbito do PRR. “Estão colocados, mas desalojados”, refere Ana Gabriela Cabilhas, presidente da FAP.

Os estudantes alertam ainda para falta de apoio à saúde mental dos estudantes e pedem o reforço da contratação de psicólogos para as IES e ainda a integração do Ensino Superior nas estratégias definidas no Programa Nacional para a Saúde Mental. "Este é um momento de particular desafio, que requer a integração e adaptação a uma nova cidade e novas rotinas, pelo que nenhum estudante poderá ficar em risco de abandono escolar", afirma a dirigente académica.

A habitação e a qualidade do ensino, em todas as suas esferas, devem estar asseguradas, mas isso pode ser posto em causa com o financiamento atribuído às IES, que já era insuficiente antes do contexto de inflação atual.

A Federação Académica do Porto representa 27 Associações e mais de 70 000 estudantes do ensino superior da área metropolitana do Porto.