“Vamos esperar que o Governo mostre o que quer e ao que vem, até à entrega do pré-aviso, estando já previstas pelo menos duas reuniões para este mês. Vamos aguardar para ver se são reuniões que tenham conteúdo, no sentido de resolver problemas”, disse Mário Nogueira, referindo-se à greve de professores do ensino básico e secundário, convocada por dez organizações sindicais para o período entre 13 e 16 de março, alternadamente em diferentes regiões.
Segundo o líder da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), a greve deve-se “ao adiamento de soluções para problemas que foram identificados e a propostas muito negativas para a resolução de situações”, da parte do Governo.
“Como se sabe, os professores conseguiram, ainda durante o mês de novembro, que o Governo se tivesse comprometido com um conjunto de medidas, nomeadamente ao nível das carreiras, ao nível dos horários e ao nível também do combate às situações de desgaste dos professores, nomeadamente com o início de uma discussão sobre um regime de aposentação que tenha em conta esse mesmo desgaste. Já passaram três meses e até agora não há rigorosamente nada”, justificou.
Se em relação à questão das carreiras Mário Nogueira reconhece que o assunto foi já abordado em várias reuniões – embora se queixe de que “as posições do Governo são ainda extremamente recuadas, tendo em conta até o compromisso que assumiu” -, já quanto ao resto das matérias, nomeadamente os horários e o desgaste profissional, nenhuma proposta governamental foi apresentada.
“Não há sequer uma ideia que possamos dizer que, pelo menos, já falaram no assunto”, criticou.
O líder da Fenprof afirmou que, até à entrega do pré-aviso, aquela estrutura sindical vai às reuniões fazer propostas, “esperando, do outro lado, a resolução dos problemas”, mas adverte que “a greve está a ser preparada e mobilizados os colegas”, estando marcado o seu primeiro dia para 13 de março na Região Autónoma da Madeira e na região de Lisboa, dia 14 no Sul, dia 15 na região Centro, e dia 16 no Porto.
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