Eduardo Ferro Rodrigues recordou o compromisso assumido na Cimeira de Gales em 2014 para que os Estados –membros aumentassem os gastos com a Defesa e sustentou que esta exigência “torna ainda mais relevante a cooperação entre a NATO e a União Europeia”.
“Os recursos são escassos: complementaridade e não duplicação são requisitos essenciais. Temos de ter aqui um equilíbrio entre as exigências do rigor orçamental da União Europeia e a necessidade de os Estados-membros contribuírem mais para a área da Defesa”, disse.
Ferro Rodrigues discursava na sala do Senado, na Assembleia da República, na abertura de uma sessão promovida pela delegação parlamentar da AR à Assembleia Parlamentar da NATO e que reuniu os membros da subcomissão para o futuro das capacidades de segurança e o grupo especial para o Mediterrâneo e Médio Oriente.
O presidente do parlamento considerou que a “valiosa participação das Forças Armadas portuguesas nas missões da NATO, assim como nas outras missões internacionais, é fator de afirmação externa do Estado e motivo de orgulho” para o país.
“Quando alguns duvidam da necessidade de investirmos em Forças Armadas fortes e motivadas, olhemos para o retorno diplomático, económico e social que advém das missões internacionais e das missões de interesse público em território nacional no apoio à Proteção Civil”, frisou.
Reafirmando a “solidariedade e o princípio da defesa coletiva” da Aliança Atlântica, Ferro Rodrigues defendeu ainda “uma complementaridade” entre a NATO e a Política de Segurança e Defesa Europeia “cada vez mais presente” na agenda política, disse.
A visita da subcomissão da Assembleia Parlamentar para o futuro das capacidades de segurança, presidida pelo deputado português João Rebelo, e do grupo especial para o Mediterrâneo e Médio Oriente conta com a participação de cerca de cinquenta representantes dos países NATO.
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