O balanço, feito pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), estima que o mês passado tenha sido cerca de 1,59ºC mais quente do que a média pré-industrial de 1850-1900.

A referência aos 1,5ºC deve-se a ser esse o valor que os países do mundo se comprometiam a tentar não ultrapassar na conferência da ONU sobre o clima realizada em 2015 em Paris, da qual saiu o chamado Acordo de Paris. Os países comprometeram-se a tomar medidas para evitar um aquecimento global acima dos 2ºC em relação à época pré-industrial, e de preferência que esse aumento não ultrapassasse os 1,5ºC.

De acordo com os dados agora divulgados a temperatura média global foi de 13,36ºC, 0,63ºC acima do valor médio do período 1991-2020.

Tendo em conta apenas a Europa o mês de fevereiro teve uma temperatura média acima dos valores de referência 1991-2020, especialmente na Escandinávia, Islândia e Alpes. No entanto na Europa de leste foi registada uma grande região de temperaturas abaixo da média.

Já quanto à chuva a Europa registou precipitação abaixo da média.

Em Portugal o mês foi muito quente e normal em relação à chuva, indica também o boletim do IPMA.

Em concreto, fevereiro foi em Portugal continental o sétimo mais quente desde 2000, com um valor médio da temperatura média do ar (11,17ºC) superior em 1,30ºC em relação ao período 1991-2020.

Os valores médios das temperaturas máxima e mínima foram também superiores ao normal.

Com os valores de precipitação, nomeadamente no dia 28 na região do Litoral Alentejano e parte de Lisboa e Vale do Tejo, diminuiu a área em seca meteorológica, concentrando-se numa pequena parte do Barlavento Algarvio (seca fraca).