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Segundo a organização, o Alma, embarcação de bandeira britânica, foi atingido em águas tunisinas, ao largo de Sidi Bou Saïd, a norte de Tunes. O incidente ocorreu menos de 24 horas depois de um ataque semelhante ter sido reportado.

De acordo com o comunicado da GSF, citado pela Lusa no Notícias ao Minuto, o navio sofreu danos provocados por um incêndio no convés superior, que foi entretanto controlado, sem registo de feridos entre passageiros e tripulação.

A denúncia foi acompanhada por um vídeo divulgado pela relatora das Nações Unidas para os territórios palestinianos, Francesca Albanese, onde se vê uma bola de fogo a cair sobre o barco.

A relatora escreveu que se trataria de um ataque com drone sem luzes, para não ser detetado, acrescentando que especialistas apontam para uma granada incendiária envolta em materiais plásticos embebidos em combustível.

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A agência AFP testemunhou a presença de uma embarcação afastada da costa, cercada por barcos da guarda costeira tunisina, enquanto dezenas de ativistas protestavam na praia de Sidi Bou Saïd contra o alegado ataque.

A Guarda Nacional tunisina não confirmou a versão da flotilha, recordando que, segundo as suas primeiras verificações na véspera, “nenhum” drone tinha sido detetado. A AFP solicitou igualmente uma reação ao exército israelita, mas não obteve resposta imediata.

“Segunda noite, segundo ataque com drones”, afirmou Melanie Schweizer, uma das coordenadoras da flotilha, à AFP. Para a organização, trata-se de uma “tentativa orquestrada” de impedir a missão humanitária, num contexto de intensificação da ofensiva israelita contra Gaza.

“Não há absolutamente nenhuma mudança na nossa determinação. Partiremos amanhã de qualquer maneira”, reforçou o palestiniano Saif Abukeshek.

A flotilha tinha já divulgado, na madrugada de terça-feira, um vídeo de um ataque anterior contra um navio com bandeira portuguesa, também integrado na missão.

O incidente ocorre enquanto prossegue a ofensiva israelita em Gaza, governada pelo Hamas desde 2007. De acordo com os números avançados, o conflito já provocou mais de 64.600 mortos no enclave palestiniano desde outubro de 2023, após o ataque do Hamas no sul de Israel, que deixou 1.200 mortos e 251 reféns.