O criador do Football Leaks é um homem livre cerca das 17h00 desta sexta-feira, ao obrigo do despacho que determinou a sua libertação — e a obrigatoriedade de se apresentar semanalmente à PJ. Todavia, a estação pública avança que, ao contrário do que se tinha inicialmente avançado, não será hoje que sai em liberdade.

O Diário de Notícias acrescenta que irá viver para "uma casa preparada para receber testemunhas protegidas", mas que Rui Pinto só deverá ir para lá amanhã (dia 8 de agosto).

Rui Pinto esteve em prisão preventiva desde 22 de março de 2019 até 8 de abril deste ano, dia em que foi colocado em prisão domiciliária, mas em habitações disponibilizadas pela Polícia Judiciária — sem acesso  à internet e a dispositivos que o permitam, por decisão da juíza de instrução criminal (JIC) Cláudia Pina.

De resto, a sua colaboração com as autoridades, desde que foi detido e se encontra em prisão domiciliária, já fez com que cinco inquéritos em que estava envolvido fossem suspensos.

Rui Pinto vai ser julgado sobre o processo do Football Leaks, em que responde por 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão.

O Tribunal Central Criminal de Lisboa vai começar a julgar o hacker em 4 de setembro, de acordo com a agência Lusa, que cita fonte judicial.

A mesma fonte disse à Lusa que a primeira sessão está marcada para as 09:30 e que o processo vai ter em média três sessões por semana até novembro, num agendamento que resultou de uma reunião, no Campus da Justiça, em Lisboa, entre o coletivo de juízes, liderado por Margarida Alves, com os mandatários dos arguidos e a procuradora do Ministério Público.

(Notícia atualizada às 20:49)