O jovem forcado, que pegava de caras na sexta-feira à noite, na praça de toiros da Moita do Ribatejo, concelho da Moita, no decorrer de uma corrida à portuguesa, foi ferido com gravidade por um touro pertencente à ganadaria de Prudêncio, com 530 quilos.
Fernando Quintela foi de imediato transportado para o Hospital de São José, em Lisboa, onde veio a falecer durante a madrugada de hoje.
A morte de Fernando Quintela ocorre nove dias depois da do forcado Pedro Miguel Primo, dos Amadores de Cuba, que perdeu a vida na sequência também de uma grave colhida sofrida na praça de toiros daquela vila do distrito de Beja.
O acidente que vitimou Fernando Quintela ocorreu na última corrida de toiros inserida na Feira Taurina da Moita do Ribatejo, num concurso de ganadarias onde foram lidados toiros de Murteira Grave, Ascensão Vaz, Prudêncio, António Silva, Fernandes de Castro e Veiga Teixeira.
Em praça estiveram os cavaleiros João Moura Jr., João Telles Jr. e Francisco Palha, bem como os forcados de Évora e Alcochete.
Associação de forcados exige "mais respeito" e lamenta morte de forcado na Moita
A Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF) lamentou hoje a morte do forcado dos Amadores de Alcochete, Fernando Quintela, de 26 anos, exigindo “mais respeito” e recursos médicos nas enfermarias das praças de toiros.
“As enfermarias [praças de toiros] têm que estar devidamente apetrechadas com suportes, mesmo à porta, para este tipo de casos (colhidas). Era importante ter logo ali um veículo que estabilizasse o forcado”, defende o dirigente da ANGF, José Luís Gomes, em declarações à agência Lusa.
Nos últimos 30 anos morreram oito forcados amadores nas arenas nacionais, segundo o dirigente da ANGF, que considera ainda “importante” olhar para o futuro do espetáculo “com mais profissionalismo”, nomeadamente em relação às enfermarias das praças de toiros e aos honorários a receber pelos grupos.
“Cada vez mais, os empresários têm que ter mais respeito pelos forcados", afirmou, acusando muitos promotores de evitarem pagar honorários aos grupos.
Nesse sentido, o dirigente da ANGF exige “mais respeito” pela “figura e importância” do forcado amador.
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