O Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, em declarações à rádio France Info,  disse que o país está a tentar facilitar a repatriação de 130 mil cidadãos, que estão bloqueados de entrar em França, devido à pandemia Covid-19.

"A questão mais difícil envolve aqueles que estão de passagem, em viagem, geralmente de férias e que são atualmente 130.000 em todo o mundo", declarou.

Embora tenha informado aos cidadãos que estão do outro lado das fronteiras que serão eles quem tem de pagar o bilhete de volta, o Ministro pede a todos que tenham "calma" e sejam "pacientes".

Le Drian pediu aos mais de 3 milhões de franceses que estão a viver no estrangeiro para se manterem onde estão e avisou que o Governo estava preparado para reforçar as restrições impostas à deslocação de cidadãos, se as medidas atuais não se mostrassem suficientes, avança o The New York Times.

No passado dia 16, Emmanuel Macron, Presidente francês,  anunciou que todas as fronteiras externas da União Europeia (UE) e do espaço Schengen seriam fechadas a viagens não essenciais, por 30 dias, devido à propagação do Covid-19.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 179 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se hoje o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 3.405 mortos em 41.035 casos.

A Espanha regista 767 mortes (17.147 casos), a França 264 mortes (9.134 casos) e a Alemanha (13.957 casos) 31 vítimas mortais.