“O fracasso não é fatal, o que conta é a coragem de continuar”, exortou Le Pen, citando Winston Churchill.
A dirigente referia-se à derrota na segunda volta das presidenciais de 2017, em que obteve um número recorde de 11 milhões de votos (33,9%) mas foi vencida por Emmanuel Macron.
Candidata única à liderança da Frente Nacional (FN), Marine Le Pen tem a reeleição assegurada no congresso de sábado e domingo em Lille (norte de França) e quer propor três novas linhas orientadoras – “implantar-se, aliar-se, governar” -, uma quebra com a tradição do partido de extrema-direita marcado pela cultura de oposição e pouco familiarizado com alianças.
Para as eleições europeias de 2019, Le Pen manifestou a intenção de apresentar uma lista de “união” dos “nacionais” contra os “mundialistas”, num contexto de apagamento das classes políticas tradicionais.
E, para que o relançamento seja completo, a líder quer que a FN tenha um novo nome, o qual deverá anunciar no domingo, para que seja votado depois do congresso.
A mudança não é unânime e a ala mais tradicional do partido, fundado nos anos 1970 pelo pai de Marine, Jean-Marie Le Pen, como uma traição à história da formação.
Aos 49 anos de idade e 7 de uma liderança quase inquestionável, Marine Le Pen enfrenta uma oposição interna inédita, com setores do partido a atribuírem a sua derrota nas presidenciais à má prestação que teve no derradeiro debate televisivo com Macron.
A saída do seu “número dois”, o renovador Florian Philippot, que criou um partido alternativo para disputar o eleitorado de extrema-direita, é vista como um símbolo da desunião na FN.
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