O Centro Nacional de Contraterrorismo foi formalmente apresentado hoje, no decorrer de uma reunião do Conselho de Defesa, no Palácio do Eliseu, e na presença dos membros do governo francês e de responsáveis de topo da segurança nacional francesa.
O anúncio surge um dia depois de um polícia ter sido atacado por um 'jihadista' em frente à Catedral de Notre Dame, em Paris.
A nova unidade, que integra 20 pessoas, vai supervisionar e coordenar os esforços da luta contra o terrorismo em território francês e ficará instalada no Palácio do Eliseu.
O Centro vai operar 24 sobre 24 horas e responderá diretamente ao Presidente Macron, agindo às suas ordens, algo sem precedentes em França.
Analistas das questões de segurança têm vindo a criticar a falta de coordenação entre os serviços secretos internos e externos de França.
Um alto responsável da Presidência francesa revelou que a nova unidade vai formular estratégias para combater a radicalização pela Internet e a difusão 'online' de instruções sobre como realizar um ataque.
Também vai focar-se no tema dos cidadãos franceses que se juntaram ao grupo extremista Estado Islâmico na Síria e no Iraque e que, posteriormente, tentaram regressar ao território francês.
A criação do novo Centro Nacional de Contraterrorismo foi uma promessa de campanha de Macron. A unidade vai ser liderada por Pierre de Bousquet de Florian, antigo chefe da agência francesa de contraespionagem.
A 21 de junho serão nomeados novos chefes para os serviços de informações externo e interno.
O governo francês também vai requerer ao parlamento um prolongamento do estado de emergência em França até 01 de novembro, que deveria terminar a 15 de junho.
Trata-se do sexto prolongamento do estado de emergência, que confere poderes excecionais à polícia, desde os ataques terroristas de novembro de 2015.
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