“Nós teremos todas as condições para promovermos a institucionalização de uma rede de articulação entre os vários conselhos económicos e sociais dos países da comunidade de língua portuguesa”, afirmou Assis.

O responsável está na capital de Cabo Verde para visitar várias instituições e foi o orador principal num debate social promovido pelo Governo sobre a economia, o crescimento e o emprego.

“Acho que é muito importante, porque nós já temos uma cooperação intergovernamental muito forte a nível da CPLP, que se tem intensificado, felizmente, nos últimos anos”, prosseguiu em declarações à Lusa, entendendo que a colaboração entre essas instituições pode favorecer a cooperação entre a sociedade civil, sindicatos, organizações empresariais e outras instituições.

“Nós fazemos parte de um espaço comum, que é o espaço da lusofonia, mas estamos em continentes diferentes e temos problemas diversos. E podemos falar uns com os outros abertamente sobre isso. É um fator de enriquecimento, creio eu, para qualquer um dos nossos países”, reforçou ainda o presidente do CES.

A esse propósito, Francisco Assis avançou que no ano passado recebeu em Lisboa o presidente do Conselho Económico e Social de Angola e que em setembro vai estar no Brasil para participar em várias atividades.

“Para nós é muito importante que se avance com esta cooperação, com a institucionalização desta cooperação ao nível dos conselhos económicos e sociais”, prosseguiu.

Relativamente a Cabo Verde, cujos parceiros sociais prometeram em março alcançar um consenso para até julho ter um nome para dirigir o Conselho Económico, Social e Ambiental, Francisco Assis disse que aguarda “com expectativa” a evolução da situação.

Elogiando o “nível de concertação social muito avançado” no país, o dirigente notou que a eleição em Cabo Verde é igual ao que acontece em Portugal, ou seja, por maioria de dois terços dos deputados à Assembleia da República.

Com este que é o segundo debate alargado, o Governo de Cabo Verde pretende chegar a conclusões que permitem configurar o Acordo de Concertação Estratégica para o período 2023-2026 e solidificar o Conselho de Concertação Social.

Também pretende obter elementos para a configuração de uma política económica de estabilização, nos domínios fiscal, monetário, cambial, e no que respeita a rendimentos e preços, assim como, identificar as reformas políticas, económicas e sociais necessárias para atingir os objetivos propostos.