O Plano de Transformação Operacional, hoje divulgado, prevê a redução de cerca de 800 trabalhadores em três anos, um corte de 25% na remuneração fixa do presidente do Conselho de Administração e do presidente executivo, além da otimização da implantação de rede de lojas através da conversão de lojas em postos de correio ou do fecho de lojas com pouca procura por parte dos clientes.
Os CTT pretendem ainda "continuar a desenvolver o modelo de postos de correio explorados por terceiros", de acordo com o documento hoje divulgado.
Questionado se este plano terá impacto na qualidade do serviço universal postal, Francisco de Lacerda garantiu que não.
"Os CTT estão obviamente muito empenhados em manter uma elevada qualidade de serviço e em trabalhar em articulação com o Governo e um conjunto de entidades que o Governo vai indicar para um programa de trabalho no sentido de manter a proximidade às entidades relevantes para todas as questões relacionadas com o serviço público postal".
Por isso, "vamos manter, queremos manter a qualidade, cumprimos e queremos continuar a cumprir as regras regulatórias, mas isso não nos impede em cada momento de encontrar as melhores soluções para equilibrar o cumprimento das regras de uma boa qualidade de serviço com a eficiência que qualquer empresa tem que permanentemente prosseguir", afirmou Francisco de Lacerda.
"A população portuguesa em geral pode estar segura que os CTT estão e estarão empenhados em ter boa qualidade de serviço e cumprir o serviço público de que são concessionários como deve ser", concluiu Francisco de Lacerda.
De acordo com o plano de reestruturação hoje divulgado, "é expectável que o plano de transformação operacional tenha uma contribuição positiva de até 45 milhões de euros para o EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] recorrente a partir de 2020 e ajudar a contrariar a contínua queda estrutural do negócio de correio".
Estas medidas decorrem da quebra do tráfego do correio de cerca de 50% desde 2001 e da subida do segmento expresso e encomendas, impulsionado em grande parte pelo comércio eletrónico.
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