À chegada para a tomada de posse de Carlos Moedas como presidente da Câmara de Lisboa, o militante número 1 do PSD foi questionado sobre a situação interna no partido, num momento em que o eurodeputado Paulo Rangel já apresentou candidatura à liderança e Rui Rio ainda não anunciou se é ou não recandidato.

“O partido está sempre em mutação, não está sossegado, mas isso também é bom. Partidos que adormecem não duram muito tempo”, afirmou.

O antigo primeiro-ministro considerou ainda que Moedas será “um grande presidente da câmara”, tendo-se deslocado à cerimónia de tomada de posse porque o novo presidente da Câmara de Lisboa “é um bom amigo” e queria dar-lhe “um abraço e desejar-lhe felicidades”.

Para Pinto Balsemão, Carlos Moedas “tem boas ideias, assim o deixem fazer”.

À chegada para a mesma cerimónia, o presidente do PSD, Rui Rio, afirmou hoje que a decisão sobre a sua eventual recandidatura está “quase tomada” e em breve será anunciada, reiterando estar muito preocupado por o país poder ir para eleições antecipadas com o partido em disputa interna.

Rui Rio foi questionado pelos jornalistas sobre se já tomou uma decisão se será ou não recandidato nas eleições diretas no PSD marcadas para 04 de dezembro.

“Está quase a ser tomada na minha cabeça e a seguir comunicada. Obviamente que me preocupa muita esta situação que foi criada que é podermos ter um país em eleições antecipadas, que é mau, se o PSD estiver numa disputada - sem presidente eleito e com congresso lá para janeiro - isto é uma coisa terrível”, respondeu.

Na quinta-feira, o Conselho Nacional do PSD chumbou uma proposta da direção para que o calendário eleitoral interno fosse suspenso até se esclarecer se o Orçamento do Estado é ou não aprovado, por 71 votos contra e 40 a favor, e agendou diretas para 04 de dezembro e congresso para entre 14 e 16 de janeiro.