“Há um conjunto de coisas que o Governo não faz, porque não quer”, defendeu a coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Ana Avoila, num encontro com jornalistas em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, recordando as reivindicações dos trabalhadores da função pública visados na greve agendada para sexta-feira, como aumentos salariais, descongelamento das progressões na carreira e 35 horas de trabalho semanais.
“Há muito dinheiro. Basta [ao Governo] retirar do Orçamento do Estado as aquisições de serviços, de advogados, de arquitetos ou engenheiros, que não fazem falta nenhuma aos serviços onde já existem técnicos. Basta retirar essa parte [da verba] e arranjam logo dinheiro”, defendeu Ana Avoila, considerando ainda que, se o Governo “não pagar tantos juros” nas parcerias publico privadas (PPP), também há dinheiro para responder às reivindicações dos trabalhadores.
A paralisação nacional da função pública, promovida pela Frente Comum, estrutura ligada à CGTP, é a primeira convocada pela Frente Comum e a segunda greve nacional dos trabalhadores da administração pública com o atual Governo, depois da greve de 29 de janeiro de 2016 convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos da Administração Pública.
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