Segundo a GARE, o recente relatório de sinistralidade rodoviária da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), referente às vítimas a 30 dias no ano de 2018, confirma de "forma inequívoca, aquilo que a GARE vem afirmando repetidamente sobre o aumento da sinistralidade rodoviária em Portugal".
"Desde 2010 que os números da sinistralidade rodoviária em Portugal têm vindo a baixar de forma lenta, mas sistemática, tendo os registos de vítimas mortais a 30 dias, os únicos em que devemos confiar, passando de 937 em 2010 para 563 em 2016. Mas em 2017 voltamos a registar 602 vítimas mortais e em 2018 o registo subiu para 675 vítimas mortais, apenas inferior ao registo de 2012", refere a associação GARE.
De acordo com a GARE, as previsões para 2019 "não serão melhores".
Assim, a GARE questiona por que razão não se investe em educação rodoviária e defende que a pergunta tem que ser feita a muita gente.
"Em primeiro lugar claro ao Governo pois muitos ministros têm responsabilidade direta na resolução deste problema. Mas a Assembleia da República e o Presidente da República também têm responsabilidades. E o Poder Local. E a comunicação social. E a população em geral", adianta a associação para a promoção da segurança rodoviária.
A GARE observa ainda que é preciso não esquecer que os atropelamentos dentro das localidades também continuam a aumentar.
"É porque as questões da mobilidade nas nossas aldeias, vilas e cidades, continuam sem resolver e não se vê qualquer amplo movimento no sentido de tomar medidas", critica a GARE, lamentando "profundamente o que está a acontecer" em Portugal nesta matéria.
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