“Devemos fazer o nosso melhor para garantir urgentemente um cessar-fogo permanente e exercer a pressão necessária junto de Israel”, disse Erdogan numa conferência de imprensa conjunta como o primeiro-ministro albanês Edi Rama, no decurso de uma visita à Albânia.
Há vários meses que Erdogan critica violentamente a conduta de Israel na guerra no Médio Oriente, qualificando o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu de “talhante de Gaza”.
“A agressão conduzida pelo Governo de Netanyahu ameaça a ordem mundial para além da região”, acrescentou o chefe de Estado turco.
A ofensiva de Israel contra Gaza foi lançada após os ataques perpetrados a 07 de outubro de 2023 pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras fações armadas palestinianas, que deixaram cerca de 1.200 mortos e 251 raptados, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, mais de 42 mil palestinianos morreram, segundo indicam as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas, aos quais se somam mais de 740 palestinianos mortos às mãos das forças de segurança israelitas e em ataques perpetrados por colonos na Cisjordânia e em Jerusalém desde a mesma data.
Na Albânia, país maioritariamente muçulmano, mas onde um quarto da população é católica e onde os casamentos mistos são frequentes, Erdogan inaugurou uma grande mesquita na capital Tirana, financiada pela Turquia e que teve um custo de 30 milhões de euros.
A Turquia integra o grupo dos cinco maiores investidores estrangeiros na Albânia, com 3,5 mil milhões de dólares de investimento, recordou Erdogan em fevereiro, quando recebeu Edi Rama em Ancara.
Mais de 600 empresas turcas empregam mais de 15 mil albaneses, acrescentou.
A cooperação entre os dois Estados-membros da NATO estende-se ao campo militar, tendo Tirana recebido este ano os primeiros drones Bayraktar TB2 turcos.
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