De acordo com o gabinete do ministro da Defesa, foram disponibilizados até oito militares das Forças Armadas para a missão, num processo que está em fase de concurso e seleção ao nível da Organização das Nações Unidas (ONU).
O Conselho Superior de Defesa Nacional terá de dar um parecer prévio sobre a participação de militares portugueses naquela missão, estando prevista uma reunião daquele órgão para meados de outubro.
Questionado pela Lusa, fonte oficial do ministério da Administração Interna adiantou que se candidataram para a mesma missão cinco elementos da PSP e três da GNR.
Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade os detalhes da missão da organização que vai acompanhar a aplicação dos acordos de paz entre o Governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Os 15 membros do Conselho apoiaram uma resolução que autoriza a proposta apresentada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, incluindo a "dimensão, aspetos operativos e mandato" da missão.
O texto assinala o seu apoio à proposta do secretário-geral para que a ONU partilhe com o Governo colombiano o custo das instalações e serviços que serão utilizados em conjunto pelo pessoal internacional e nacional.
É ainda reconhecida a necessidade da rápida formação do mecanismo tripartido de verificação e seguimento, enquanto a missão é autorizada a dividir equitativamente com o Executivo o apoio necessário para a preparação e gestão das zonas em que se reunirão os membros da guerrilha para a entrega do armamento e desmobilização.
As Nações Unidas indicaram que no início do seu mandato, após a assinatura do acordo final, no próximo dia 26, em Cartagena, a missão vai ter aproximadamente 200 observadores, pelo que "estará em condições de iniciar a verificação, em conformidade com o mandato outorgado pelo Conselho de Segurança".
Na terça-feira, na sede da ONU em Nova Iorque, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou o acordo de paz alcançado entre o Governo colombiano e as FARC e anunciou que Portugal vai contribuir com efetivos para a missão que irá monitorizar e verificar a aplicação do acordo.
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