“O general [Luís] Botelho Miguel assume funções no momento em que a GNR tem o maior nível de investimento de sempre” fruto da Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças e Serviços de Segurança, disse Eduardo Cabrita na cerimónia de tomada de posse do novo comandante-geral da GNR.
No discurso, o ministro considerou que a corporação vive hoje um “momento muito positivo” graças à aprovação, em 2017, dessa lei e que está a ter em 2018 o seu primeiro ano de aplicação.
Segundo o governante, a GNR tem hoje várias dezenas de infraestruturas em remodelação, construção ou em projeto, a maior renovação do parque de viaturas e uma significativa remodelação dos equipamentos de proteção individual para os seus elementos.
Na cerimónia de tomada de posse de Botelho Miguel, que decorreu no Ministério da Administração Interna e foi presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, o ministro destacou também que “é essencial o reconhecimento dos militares que servem a GNR”.
Nesse sentido, sustentou que este ano foram promovidos mais 1.800 militares e começou a ser aplicado o descongelamento das carreiras.
Eduardo Cabrita disse ainda que o novo comandante tem como desafio preparar a entrada dos primeiros oficiais generais formados na Academia Militar para a GNR.
“Vai ser o comandante-geral que vai acompanhar uma transformação estrutural que começou há muito tempo, mas que produzirá os seus efeitos ao longo do seu mandato”, disse, adiantando que “cabe ao general Botelho Miguel a preparação desse futuro que leva à preparação dos primeiros oficiais generais formandos para o serem na GNR”.
De acordo com o governante, as promoções deste ano permitiram, pela primeira vez, a promoção ao posto de coronel de um conjunto de oficiais formados na Academia Militar para a GNR, cinco desses coronéis passaram a assumir funções de comando territorial nas estruturas da GNR.
Botelho Miguel, que substituiu no cargo o tenente-general Manuel Mateus Couto, assumia funções de segundo comandante-geral da GNR e está na corporação desde 2010.
No discurso, o novo comandante-geral da corporação sublinhou que o seu “objetivo prioritário” passa pela “valorização humana e profissional”.
Botelho Miguel referiu que quer promover uma GNR “mais forte, coesa e ciente da sua responsabilidade social”, ao mesmo tempo que quer manter o seu “ambiente interno, sereno e sóbrio”.
O comandante-geral traçou quatro linhas de orientações estratégicas da GNR, que passam pela racionalização de recursos, modernização e desmaterialização de processos e procedimentos, a cooperação e colaboração com outras instituições e organismos e reforço da proximidade à sociedade.
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