A maior parte deste valor servirá para compensar 2.565 mulheres empregadas pela Google em cargos de engenharia informática, bem como cerca de 3.000 candidatas femininas e asiáticas que não foram selecionadas para tais posições, informou o Departamento de Trabalho.
A Google disse que a discriminação foi detetada durante uma análise interna de rotina e que a empresa concordou em pagar uma indemnização para corrigir a situação, negando ao mesmo tempo que tenha violado a lei.
“Acreditamos que todos devem ser pagos de acordo com o trabalho que fazem e não em função de quem são, e estamos a investir fortemente para garantir que os nossos processos de contratação e compensação sejam justos e não distorcidos”, disse uma porta-voz da Google, citada pela agências de notícias France-Presse (AFP).
A porta-voz acrescentou que a Google analisa anualmente os dados salariais em busca de anomalias, e que a empresa está disposta a resolver quaisquer problemas de alegada discriminação.
Segundo o Departamento de Trabalho, uma avaliação revelou disparidades salariais nos centros da Google em Sillicon Valley e no estado de Washington, no noroeste dos Estados Unidos.
“A discriminação salarial continua a ser um problema sistémico”, disse o Departamento de Trabalho, em comunicado.
O departamento também encontrou “diferenças nas taxas de contratação” para posições de engenharia informática, indicando que eram desfavoráveis para as candidatas femininas e asiáticas.
Como parte do acordo que aceitou, a Google irá rever as suas políticas, procedimentos e práticas de contratação e compensação, disse o Departamento de Trabalho.
Os problemas detetados na Google fazem parte de um esforço maior para investigar uma cultura de discriminação baseada no género nas indústrias tecnológicas em Sillicon Valley, dominadas por homens.
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