O “indispensável rejuvenescimento” da Unidade Especial de Polícia (UEP) da PSP, “mais ainda do que qualquer outra”, leva à necessidade de se passar este ano “de 400 para 600 admissões no curso de formação que se iniciará dentro de algumas semanas”, disse Eduardo Cabrita durante a comemoração do 11º aniversário da UEP, em Belas, no concelho de Sintra.
O ministro frisou a necessidade de prosseguir com o investimento nas infraestruturas, nomeadamente para o Corpo de Intervenção na Área Metropolitana do Porto, para depois se “olhar para as condições operacionais” na área de Lisboa, mas vincou também que “o fator humano é decisivo”.
Eduardo Cabrita notou a importância dada “ao desbloqueamento de processos de promoções, 1.500 o ano passado", afirmando que será continuado este ano, bem como ao descongelamento de carreiras, referindo que permitiu que "cerca de 16.000 polícias pudessem ter alterada a sua situação remuneratória”.
“A PSP é um pilar das liberdades fundamentais, é formada, treinada para garantir segurança no quadro de respeito pelos direitos, liberdades e garantias”, afirmou.
O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública, Luís Farinha, caracterizou a UEP como “multifuncional e versátil”, que a par das suas diversas valências assegura uma “elevada capacidade operacional” junto dos diversos comandos territoriais do país.
A UEP é composta pelas cinco subunidades do Corpo de Intervenção, Grupo Operacional Cinotécnico, Grupo de Operações Especiais, Corpo de Segurança Pessoal e Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo.
Luís Farinha assumiu o seu empenho em conseguir “uma melhor qualidade de vida pessoal e profissional” para os elementos da UEP, através do reforço de meios humanos e materiais.
O comandante desta unidade de reserva operacional e especialidade da PSP, Constantino Ramos, sublinhou que “a missão e a atividade da polícia continua a constituir-se como uma das mais escrutinadas e questionadas pelas diversas entidades e, de forma crescente, pelos próprios cidadãos”
“A UEP encara esta realidade como decorrente do normal funcionamento de um Estado de direito democrático”, acrescentou.
Para o comandante, esse escrutínio “constitui simultaneamente um desafio e uma oportunidade para o aperfeiçoamento contínuo e consistente na qualidade de serviço público” prestado pela UEP, que se assume preparada para responder com prontidão e eficiência às novas ameaças e riscos.
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