A ligação aérea Bragança/Vila Real/Viseu/Cascais/Portimão é subsidiada pelo Estado e o contrato, em regime de concessão por um período de três anos, termina a 22 de dezembro.
No Conselho de Ministros de quinta-feira, o Governo autorizou a realização de despesa com vista à “adjudicação da prestação de serviços aéreos regulares, em regime de concessão, na rota Bragança/Vila Real/Viseu/Cascais/Portimão, pelo período de quatro anos”.
Fonte do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas disse hoje à agência Lusa que o concurso deverá ser lançado nos “próximos dias” e que, enquanto decorre o processo, será efetuado “um ajuste direto” com a atual empresa de forma a não suspender a carreira área.
A fonte adiantou ainda que o concurso público internacional será lançado em moldes similares ao anterior.
O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, disse à Lusa estar “tranquilo com este processo” e acreditar que “não haverá interrupção dos voos enquanto decorre o processo”.
“Há largos meses que eu sei que era intenção do Estado lançar este concurso e que, aliás, estava a receber elementos para que este concurso fosse lançado. O facto de haver um ajusto direto enquanto ele não for adjudicado em nada prejudica as populações e o Estado. Estou tranquilo”, frisou.
Rui Santos classificou a ligação aérea como “vital” para Vila Real e para o Douro e considerou que é também “importante para que, quem vive no litoral, se possa deslocar com rapidez ao interior”.
“Quebra sobretudo uma barreira psicológica que é a barreira que se demora muito a chegar ao interior. Não, do Algarve a Vila Real demoramos menos de duas horas”, salientou.
No entanto, o autarca ressalvou que continua a defender que o avião deveria aterrar no aeroporto Humberto Delgado em vez do aeródromo de Tires, em Cascais, como acontece atualmente.
A região de Trás-os-Montes teve voos regulares durante 15 anos com a carreira aérea Bragança/Vila Real/Lisboa, subsidiada pela União Europeia em 2,5 milhões de euros anuais.
A suspensão dos voos entre Trás-os-Montes e a capital, em 2012, foi decidida com o argumento de que Bruxelas não autorizava mais o financiamento direto à operadora.
O Governo anunciou, em dezembro de 2014, que a carreira aérea iria ser retomada com o mesmo modelo de financiamento, mas com um trajeto alargado de Bragança a Vila Real, Viseu, Cascais e Portimão.
A ligação foi concessionada por três anos e contou com uma dotação orçamental de 7,8 milhões de euros.
A carreira aérea é assegurada pela companhia área Aero Vip, detida pelo Grupo Seven Air, que apresentou, em 2015, a única proposta para a exploração desta ligação.
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