A informação foi avançada pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro hoje, em comunicado, e resultou de uma reunião que decorreu na segunda-feira, com o ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco.
De acordo com a CIM que representa 19 municípios durienses, nesta reunião, o Governo assumiu o “lançamento do concurso público referente às obras de modernização do troço Marco de Canaveses – Peso da Régua, na primeira semana de junho do corrente ano, no valor de 118 milhões de euros”.
Neste momento, a eletrificação da Linha Ferroviária do Douro encontra-se concluída até ao Marco de Canaveses. No encontro entre o ministro e a Comissão da Linha do Douro, da CIM, abordou-se ainda a intervenção no troço Régua – Pocinho, que “terá três procedimentos distintos”.
Assim, segundo os autarcas, na “primeira semana de junho serão lançados dois procedimentos”, um deles “referente ao projeto de execução das catenárias (sistema de distribuição e alimentação elétrica aérea), uma intervenção da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal (IP) e que já tem “despesa autorizada”.
Depois, avança também o “projeto de execução que contempla a substituição das pontes, com um valor estimado na ordem dos 2,5 milhões de euros”.
O terceiro procedimento, de acordo com a CIM, “contempla o projeto geral e será lançado em julho de 2023, no valor de 1,5 milhões de euros”.
Relativamente à reabilitação e reativação do troço Pocinho – Barca D`Alva, a elaboração do estudo prévio e projeto de execução foi publicado no dia 10 de maio e tem como prazo de execução 30 meses.
Este concurso público internacional para os estudos e projetos, lançado pela IP, tem o valor base de 4,2 milhões de euros.
“A Linha do Douro é um projeto de dimensão intermunicipal, com importância reconhecida pela CIM Douro. Não podemos dissociar a ferrovia da forma como a região se desenvolveu, nem o modo como potenciou as relações externas do concelho e da região, com o país e com o mundo”, salientou a comunidade intermunicipal.
Para a CIM, a eletrificação da Linha do Douro e a modernização do troço Peso da Régua - Pocinho “são fundamentais para o reforço da mobilidade, das condições de circulação na linha, correspondendo, simultaneamente, a um serviço de qualidade, associado ao Douro, enquanto Região Demarcada e Património Mundial da Humanidade, uma realidade que se quer ver afirmada e reconhecida em Portugal e no mundo”.
A Linha Ferroviária do Douro atualmente liga o Porto ao Pocinho (171,522 quilómetros) e há vários anos que é defendida a reabertura do troço entre o Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), desativado em 1988.
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