No final do encontro semanal com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o chefe do executivo, António Costa, foi questionado sobre as críticas o líder social-democrata, Rui Rio, que acusou o Governo de ter montado um "circo mediático" e não ter estado equidistante em todo o processo da greve dos motoristas.
"Não vou estar a comentar as declarações do doutor Rui Rio. O doutor Rui Rio fez a opção de estar ausente, de usar o seu legítimo direito a férias e porventura não terá acompanhado com a devida atenção tudo aquilo que o Governo tem feito ao longo destas semanas para procurar evitar o conflito, para procurar prevenir o conflito, mas sobretudo assegurar o normal funcionamento do país e os direitos dos portugueses", declarou o primeiro-ministro.
Assim, António Costa recusa "entrar nisso" e formulou, em tom irónico, um desejo a Rui Rio: "Que conclua com felicidade as suas férias".
Já durante as declarações, e nessa altura sem referir o nome do presidente do PSD, o primeiro-ministro deixou claro que "as únicas dores que tomo são as dores do país e dos portugueses" e que vê "agora algumas pessoas que estiveram ausentes vir dizer que não percebem o dramatismo da situação".
"É fácil depois de tudo correr - eu não diria pelo melhor -,mas no melhor possível, vir dizer que não era necessário", respondeu.
Para o chefe do Governo, caso não tivessem sido adotadas "as medidas necessárias, o país provavelmente teria parado", o que não aconteceu, sublinhou.
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