Os serviços mínimos definidos preveem 25% da circulação em Lisboa e no Porto, em horário normal e nos serviços Alfa, Intercidades e Internacionais, bem como no comboio da ponte 25 de Abril (Fertagus).

José Manuel Oliveira, coordenador da Fectrans - Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, explicou à agência Lusa que a paralisação foi convocada porque os trabalhadores das empresas do grupo Infraestruturas de Portugal (IP) não têm qualquer aumento desde 2009, e consideram que não podem esperar pelo final da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

"Na última reunião negocial, na quarta-feira, a administração remeteu os aumentos salariais para o final do processo negocial, mas os trabalhadores precisam de um aumento agora, ainda que seja um aumento mínimo, que possa ser revisto no final da negociação do ACT", disse José Manuel Oliveira.

Os sindicatos reivindicam um aumento imediato na ordem dos 4%, que garanta um mínimo de 40 euros a cada trabalhador.

Segundo a decisão do Tribunal Arbitral, nomeado pelo Conselho Económico e Social, disponível na página desta entidade, a definição de serviços mínimos para a IP, decidida por unanimidade, contempla disponibilização de canal para a realização de circulações, como os comboios urbanos de Lisboa e Porto, correspondente a cerca de 25% da realização em horário normal.

Fica também decidida a criação de condições para a realização de 25% das ligações regionais e dos comboios Alfas, Intercidades e Internacionais.

Para os clientes que tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades e Regional que não se realizem devido à greve, a CP informou que vai permitir o reembolso do valor total ou a revalidação para outro dia ou comboio.

Também a Fertagus anunciou que vai garantir a oferta de 25% dos habituais comboios da ligação ferroviária, na ponte 25 de Abril, percentagem definida para serviços mínimos em dia de greve nas IP.

O ACT que está a ser negociado vai vigorar nas empresas do grupo IP (IP – Infraestruturas de Portugal; IP- Telecom; IP – Engenharia e IP – Património).

A IP é a empresa pública que resultou da fusão entre a Rede Ferroviária Nacional – REFER e a EP - Estradas de Portugal.