"Embora neste momento a situação de segurança se mantenha estável em Bissau, continua a recomendar-se precaução na circulação, recomendando-se vivamente à comunidade portuguesa que evite circular em locais onde estejam a decorrer manifestações, bem como evitar as proximidades de instituições públicas guineenses e de outros pontos considerados sensíveis onde se verifique aglomeração de forças de segurança e/ou defesa", refere a embaixada na rede social Facebook.
A mensagem salienta também que as únicas fontes de informação oficiais em relação à comunidade portuguesa residente na Guiné-Bissau são a embaixada de Portugal e o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Em caso de urgência os portugueses poderão contactar o Gabinete de Emergência Consular através dos números 961 706 472 e 217 929 714 e dos endereços de e-mail gec@mne.pt e bissau@mne.pt.
Segundo dados do Governo português vivem na Guiné-Bissau cerca de 2.500 portugueses.
A Guiné-Bissau vive mais um momento de especial tensão política, depois de Umaro Sissoco Embaló ter demitido na sexta-feira Aristides Gomes do cargo de primeiro-ministro e nomeado Nuno Nabian, que tomou hoje posse.
Umaro Sissoco Embaló, dado como vencedor da segunda volta das presidenciais da Guiné-Bissau pela Comissão Nacional de Eleições, tomou posse simbolicamente como Presidente guineense na quinta-feira, numa altura em que o Supremo Tribunal de Justiça ainda analisa um recurso de contencioso eleitoral interposto pela candidatura de Domingos Simões Pereira, que alega a existência de graves irregularidades no processo.
Após estas decisões, registaram-se movimentações militares, com os militares a ocuparem várias instituições de Estado, incluindo a rádio e a televisão públicas, de onde os funcionários foram retirados e cujas emissões foram suspensas.
Entretanto, também na sexta-feira, o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, tomou posse como Presidente da República interino, com base no artigo da Constituição que prevê que a segunda figura do Estado tome posse em caso de vacatura na chefia do Estado.
Comentários