O investimento é a primeira medida de um protocolo de cooperação assinado hoje no Oceanário de Lisboa, gerido pela Oceano Azul.

Pretende-se que concorram ao programa internacional Blue Bio Value, que começa já este ano, negócios que usem recursos biológicos marinhos para criar "produtos ou serviços sustentáveis".

A biotecnologia é um dos setores que se pretende atrair com o projeto orientado para o que se designa como "bioeconomia azul".

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, salientou que os projetos que venham a ser apoiados podem assim crescer e candidatar-se a outros apoios do Estado, como o Fundo Azul, que distribui 13,6 milhões de euros por ano, num total de 54 milhões entre 2015 e 2019, a duração da legislatura.

O presidente da Fundação Oceano Azul, José Soares dos Santos, assinalou que a cooperação com a Gulbenkian, uma fundação estabelecida, "começa de forma cautelosa".

"Com muito dinheiro, desperdiça-se muito dinheiro. Com pouco, constroem-se bases sólidas", afirmou, acrescentando que espera que o Estado também queira ser parceiro, tal como outros que queiram entrar num projeto que é "claramente de interesse público" e está aberto a candidaturas de outros países.

Em declarações à comunicação social, Ana Paula Vitorino considerou que "mais um milhão não é uma gota de oceano, é muito dinheiro para novos produtos, projetos ou processos" que podem permitir o acesso a financiamentos maiores.

O Estado e o Governo, notou, fizeram a sua parte ao criar financiamentos e programas que já existem.