António Guterres, que parte hoje para Buenos Aires, na Argentina, para participar na cimeira, que decorre na sexta-feira e no sábado, alertou que o mundo enfrenta uma “crise de confiança”.
“Os abandonados pela globalização estão a perder a confiança nos governos e nas instituições. A desigualdade é generalizada e crescente, as disputas comerciais estão a aumentar e a corrente de tensões geopolíticas estão a colocar mais pressão na economia global”, disse.
De acordo com secretário-geral das Nações Unidas, os países devem trabalhar juntos para responder a estes problemas e promover uma “globalização justa”, utilizando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável acordados em 2015 como base.
Ao mesmo tempo, Guterres enfatizou a necessidade de se atuar para evitar um grande desastre climático.
“Alguns dizem que não se pode lutar contra as alterações climáticas e ter uma boa economia, eu discordo, na verdade, é o oposto”, declarou.
Guterres sublinhou que os custos de não agir em face do aquecimento global serão muito maiores do que os investimentos necessários para reduzir as emissões de gases com efeito estufa e promover um crescimento mais ecológico.
Questionado sobre a posição do Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, que retirou o seu país do Acordo de Paris e reiterou que não acredita nas alterações climáticas, o secretário-geral das Nações Unidas disse ser necessário “olhar para além das ações dos governos”.
“Nós vemos uma reação muito importante da sociedade civil, das empresas, das cidades, e eu acho que é perfeitamente possível que os Estados Unidos cumpram os compromissos do Acordo de Paris”, salientou.
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