Guterres, que não especificou a que acontecimentos se referia, emitiu este alerta num breve comunicado divulgado pelo seu porta-voz, Stéphane Dujarric.
A partir de Genebra, o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos denunciou hoje que as forças de segurança venezuelanas têm maltratado de forma sistemática e generalizada milhares de manifestantes.
Num relatório, a instituição precisou que pelo menos 5.000 pessoas foram detidas arbitrariamente e que muitas delas foram alvo de “torturas” durante a sua detenção ou reclusão.
Desde o início da crise, Guterres expressou repetidamente a sua preocupação com a situação no país, embora evitando criticar abertamente o Governo de Nicolás Maduro ou a oposição.
Em vez disso, o antigo primeiro-ministro português insistiu sempre, junto das duas partes, na necessidade de que se sentem à mesa das negociações, mensagem que hoje reiterou.
Guterres está “convencido de que a crise venezuelana não pode resolver-se com a imposição de medidas unilaterais, mas requer uma solução política assente no diálogo e no compromisso”, disse o seu porta-voz.
Nesse sentido, advertiu de que “acontecimentos recentes poderão levar a uma maior escalada da tensão e afastar o país do caminho para uma solução pacífica dos seus problemas”.
“Neste momento crítico para o país, o secretário-geral insta uma vez mais o Governo da Venezuela e a oposição a relançarem negociações em benefício do povo venezuelano”, declarou Dujarric, acrescentando que o responsável reiterou novamente o seu apoio a esforços de mediação internacional e regional.
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