"Preocupa-me profundamente que existam cada vez mais refugiados desprovidos da proteção necessária e a que têm direito”, afirmou António Guterres, numa mensagem divulgada por ocasião do Dia Mundial do Refugiado, data hoje assinalada.
Num mundo com mais de 68 milhões de deslocados e refugiados, segundo os dados mais recentes do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), são necessárias “unidade e solidariedade”, frisou o representante na mesma mensagem.
“Nenhuma comunidade ou país que ofereça um refúgio seguro às pessoas que fogem de guerras ou de perseguição deve ficar sozinho e sem apoio", prosseguiu o ex-primeiro-ministro português, que entre junho de 2005 e dezembro de 2015 assumiu o cargo de Alto Comissário da ONU para os Refugiados.
“Se não estivermos unidos, vamos fracassar", advertiu.
António Guterres lembrou ainda que enquanto existirem guerras, violência e perseguições vão existir refugiados, pessoas cujas vidas estão marcadas pela “força, perseverança e coragem”.
“As nossas (vidas) devem estar marcadas pela solidariedade, compaixão e ação”, defendeu.
Segundo os números avançados pelo ACNUR na terça-feira, a cada dois segundos no mundo uma pessoa é forçada a deslocar-se por causa de guerras e conflitos, outras formas de violência e perseguições.
O Dia Mundial do Refugiado é assinalado este ano num momento em que a comunidade internacional, sob os auspícios das Nações Unidas, está em negociações para tentar formalizar, até finais de 2018, um pacto global para os refugiados e para uma migração segura, regular e ordenada.
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