António Guterres torna-se o primeiro português a receber o prestigiado prémio internacional, atribuído desde 1950 a personalidades que tenham contribuído para a unidade do continente europeu.
O comité que atribui o prémio anunciou em janeiro passado a atribuição do galardão de 2019 ao antigo primeiro-ministro e Alto Comissário da ONU para os Refugiados, apontando que o atual secretário-geral das Nações Unidas é “um destacado defensor do modelo europeu de sociedade, do pluralismo, tolerância e diálogo, de sociedades abertas e solidárias, do fortalecimento e consolidação da cooperação multilateral”.
O discurso laudatório está a cargo do rei de Espanha, Felipe VI, e na cerimónia participarão, entre outros, o primeiro-ministro António Costa – que viaja para Aachen (no oeste da Alemanha, junto à fronteira com a Bélgica) desde Bruxelas, onde participou na quarta-feira numa cimeira informal de líderes da UE -, Juncker e o rei Juan Carlos de Espanha, também ele já distinguido, em 1982.
Já hoje à noite, os convidados participarão num jantar em homenagem a Guterres na localidade de Aachen, a cidade escolhida por Carlos Magno (742-814), por muitos considerado o “pai da Europa”, para sede do seu império, estando a atribuição do prémio agendada para o final da manhã de quinta-feira, no salão de coroação da câmara de Aachen.
O prémio já distinguiu no passado figuras como Winston Churchill, Robert Schuman, Jacques Delors, Bill Clinton, Jean-Claude Juncker, Angela Merkel e os papas Francisco e João Paulo II.
O galardão consta de uma medalha, um pergaminho e o montante simbólico de 5.000 euros.
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