"Há um claro divórcio entre a sociedade portuguesa e os partidos políticos, entre os quais o PSD. Temos de assumir essa verdade e não enfiar a cabeça na areia" afirmou, acrescentando: "Temos de trazer a sociedade para o partido".
Falando num encontro com militantes, na qualidade de candidato à liderança nacional do PSD, Rui Rio disse que a promoção de uma maior abertura à sociedade é uma das três prioridades da sua proposta aos militantes.
"Nenhum partido escapa à fragmentação se não fizer a aproximação à sociedade", reforçou, enquanto defendia a importância de o Conselho Estratégico Nacional estender a sua ação a todo o país, o que, admitiu, ainda não foi possível realizar.
A segunda linha de força, referiu o líder social-democrata, é trabalhar para recuperar a implantação do partido ao nível autárquico, condição que considerou essencial para o PSD reforçar a sua importância no contexto partidário e evitar a fragmentação dos votos que dificultam as soluções de governação, como aconteceu em Espanha, lembrou.
A terceira ideia reforçada pelo presidente do partido, num discurso virado para dentro do PSD, mas sem referência direta aos adversários, é o trabalho de "oposição credível" que disse querer continuar a realizar.
Rui Rio criticou a "oposição do bota-abaixo, como nas massas associativas dos clubes", insistindo na necessidade de uma "oposição construtiva" baseada "no conteúdo das propostas dos outros".
"Temos de ser capazes de criticar, denunciar, que é o mais fácil, obrigar o Governo a fazer bem o que está mal e apresentar alternativas", afirmou.
Para o dirigente social-democrata, esse será o caminho para o PSD "cimentar" junto do eleitorado, a sua posição e "estar em condições de governar e fazer melhor que o PS".
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