Após o acidente, abriu-se uma “zona de exclusão” com cerca de 4.200 quilómetros quadrados como forma de proteção contra a contaminação radioativa. Mas um estudo publicado em outubro de 2015 pela Current Biology, realizado por uma equipa de investigadores da Escola de Ciências Biológicas da Universidade de Belfast, Irlanda do Norte, contrariou investigações anteriores que davam conta de uma diminuição da vida selvagem na zona, logo após o acidente de Chernobyl.
De acordo com o estudo, “não há evidências de uma influência negativa da radiação na abundância de mamíferos”. O estudo concluiu ainda que, não só as populações de veados, corças e javalis na zona circundante de Chernobyl é semelhante às encontradas em quatro reservas naturais da Bielorrúsia que não sofreram qualquer tipo de contaminação, como também descobriram que o número de lobos é sete vezes superior na “zona de exclusão” do que nas reservas referidas.
“Doses extremamente altas durante os primeiros seis meses depois do acidente afetou significativamente a saúde e a reprodução de animais em Chernobyl. Mas não há nenhum dano pela radiação a longo-termo nos grandes mamíferos”, pode ler-se no estudo, que encontra ainda outra razão para tal acontecimento: “este é um exemplo notável do efeito da presença humana: a sua fuga permitiu que estes animais prosperassem”.
Um dos próximos passos do grupo de trabalho é perceber como evoluiu a vida marinha na região.
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