O país fechou as fronteiras em março, pouco antes do pico da temporada turística, quando é costume milhares de caminhantes e alpinistas viajarem para os Himalaias.
A decisão, motivada pela pandemia, custou milhões de dólares à economia nepalesa e levou muitos cidadãos ao desemprego.
As expedições nas montanhas feitas entre setembro e novembro são muito mais difíceis do que as da primavera, devido aos ventos e temperaturas mais baixas, pelo que se registam sempre muito menos tentativas de escalar os picos mais altos nesses meses.
O confinamento nacional foi suspenso na semana passada e o Nepal decidiu agora abrir portas “às atividades turísticas, incluindo montanhismo e caminhadas”, disse Mira Acharya, do Ministério do Turismo do Nepal.
Os voos internacionais para o Nepal só serão, no entanto, retomados a partir de 17 de agosto.
A “reabertura” das montanhas nepalesas acontece numa semana em que o país registou novamente mais de mil casos de infeções por coronavírus, totalizando 19.547 doentes desde o início da pandemia.
Segundo garantiu Mira Acharia, as autoridades continuam a insistir nos protocolos de segurança sanitária e, em particular, na quarentena que os turistas terão de fazer quando chegarem ao país.
As expedições às montanhas do Nepal estavam canceladas, já que alpinistas e equipas de apoio costumam viver em “grande promiscuidade”, montando as tendas muito perto umas das outras e partilhando materiais e alimentos.
Por outro lado, a altitude dificulta a respiração, agravando os riscos médicos de infeções.
O Nepal recebeu 1,2 milhões de visitantes no ano passado, cerca de um terço dos quais durante a temporada turística de outono, segundo dados oficiais.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 673 mil mortos e infetou mais de 17,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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