"Ele declarou que a menina entrou no seu veículo com um rapaz, no assento traseiro, para ver se o cão [do suspeito] estava no porta-bagagem", disse o advogado, reconhecendo que uma amostra de ADN, correspondente provavelmente ao de Maëlys, foi encontrado "no painel de controlo" da viatura.

Uma semana após o desaparecimento da menina, em Pont-de-Beauvoisin, uma localidade dos Alpes (sudeste), o suspeito, uma das duas pessoas detidas e libertadas neste caso, foi acusado de rapto e ficou em prisão preventiva.

A menina, Maëlys de Araújo, estava com a família num casamento em Pont-de-Beauvoisin, a 85 quilómetros de Lyon, no sudeste de França, no passado dia 27 de agosto, quando desapareceu.

O primeiro homem preso no âmbito desta investigação era convidado do casamento onde a menina estava e foi detido na passada quinta-feira, mas depois libertado.

A segunda detenção ocorreu um dia depois, na passada sexta-feira, e tinha como objetivo investigar as declarações feitas pelo suspeito (de 34 anos) e que apresentavam contradições, segundo noticiou na semana passada o jornal Le Figaro.

A prisão preventiva sustenta-se nos “resultados” obtidos nas provas encontradas pela polícia científica em alguns pertences do suspeito que tinham sido examinados, indicou o Ministério Público.

Homem fica em prisão preventiva por desaparecimento de menina lusodescendente em França
Homem fica em prisão preventiva por desaparecimento de menina lusodescendente em França
Ver artigo

Sem confirmação oficial, o jornal “Dauphine Liberé” avançou que se trata de restos de ADN da menina encontrados no interior do carro do suspeito.

Durante o interrogatório, o suspeito negou ser responsável pelo desaparecimento da menor quando foi confrontado com estas provas.

A menina continua em paradeiro desconhecido. As autoridades inspecionaram vários lagos nos arredores de Pont-de-Beauvoisin, o lugar onde se celebrou a boda na noite de 26 para 27 de agosto, quando a menina desapareceu.